quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Demais...

“Muita gente, pouca claridade” – é o que dizia meu avô italiano quando queria expressar sua indignação quanto a aglomeração de gente para realizar uma tarefa. Era sua maneira de dizer que: - “não adianta botar todo o mundo para carregar o piano pois este tem só três pernas... Gente demais atrapalha!
         E o que se pode opinar a respeito da quantidade de “ministérios” a emoldurar nossa sovada República (?)
         São 38. Nem que desejasse a Presidente conseguiria realizar audiências com todos os ministérios, um por dia em um mês. Está certo isso?
        
Sobre o mesmo...
         Já tem gente dizendo que para administrar a originalíssima vida pública nacional, criaram-se vários ministérios: - um para mandar nas barrigas e outro nas águas; um para dirigir o pé e outro o vento; um para o boi, outro para a piranha e por aí segue.
         Nesse cenário não seria estranho se sugerissem um ministério para o ovo outro para a omelete; um para os dedos outro para os anéis e finalmente um para o queijo outro para a marmelada... Bom proveito – durma-se.

Mostrar serviço
         Há certos segmentos institucionais que adiam, indefinidamente, uma atitude mais firme  e resolutiva frente a problemas de real magnitude social, a saber: - saúde, educação, segurança, infra-estrutura, saneamento, etc.
         É difícil, é perigoso, ainda não está maduro, temos que esperar o momento certo e assim vão desfilando as “justificativas” para não agir e decidir. Mas para não ficar de todo feio, mostram algum serviço tapeando a tartaruga ou falando claro, chateando o cidadão. Ambos não reagem e fica tudo como está. Deveria ter dito cágado?... Você decide.

Paradoxo
         Salvo honrosas exceções, já repararam que as circunstâncias que mais comprometem as relações humanas são a proximidade e a rotina?
A proximidade afasta – costuma dizer o filósofo de bar contraponteando seu colega de gafieira que sentencia: - a rotina rói...
Mas não nos deixemos impressionar por sofismas. Ponha-se um punhado de racionalidade na questão. Como fortalecer as aléias do amor entre dois sem a “proximidade”?
E rotina não é, por acaso, a consagração de um comportamento estabilizado, comprometido e estabelecido entre as partes na plenitude harmoniosa da vida a dois?
Por outro lado só os “próximos” podem brigar de fato – estão ambos ao alcance mútuo e recíproco de tapas, sopapos e espernegadas.
Quanto a rotina pode se dizer que a dita cuja corre sério risco de se transformar em mesmice. E mesmice cansa, faz dormitar e... roncar!
E ronco afasta!
Que cada um tome seu partido nessa rêfrega. Cada um sabe a proximidade que lhe convém e a rotina de que é capaz.