“Nunca cometam a ingenuidade de confiar em pretensos amigos que são maus
filhos, porque é muito remota a possibilidade de que alguém, mau com os seus,
possa ser um amigo generoso com estranhos”.
Esse
belo, oportuno e inspirado texto pertence ao médico amigo, Dr. J. J. Camargo, cirurgião
chefe do Setor de Transplantes da Santa Casa de Porto Alegre.
Sobre
o tema, em outro momento, trocamos correspondências, tentando aprofundar seu
conteúdo, bem como compilar suas variantes. Claro que seu contrário-senso, a
“gratidão”, sempre foi a matriz de nossa interlocução.
O
amigo Dr. Camargo, médico diletante, tem a cotidiana missão de interagir com
pessoas em compulsórios momentos de dor, medo, angústia, tensão, desespero e
fragilidade. Justamente nesse clima e nesse ânimo é que falam as verdades do
caráter e vigoram as virtudes do coração.
Na
convivência com essa realidade da doença, amarga em sua essência e
constrangedora em sua forma, é que o ilustre cirurgião consegue enxergar o
âmago dos indivíduos em seus universos relacionais humanos. Foi dessa
profundeza que o médico-escritor recolheu a observação supra-referida, que,
infelizmente impõe-se como verossímil.
E
assim se confirma que os ingratos são egoístas, invejosos e pretensiosos e por
isso mesmo mesquinhos, ávaros, torpes, desbriados e definitivamente
desinteligentes.
Vitor
Hugo já disse: - “os ingratos são infelizes”...
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