terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ingratidão

“Nunca cometam a ingenuidade de confiar em pretensos amigos que são maus filhos, porque é muito remota a possibilidade de que alguém, mau com os seus, possa ser um amigo generoso com estranhos”.

Esse belo, oportuno e inspirado texto pertence ao médico amigo, Dr. J. J. Camargo, cirurgião chefe do Setor de Transplantes da Santa Casa de Porto Alegre.
Sobre o tema, em outro momento, trocamos correspondências, tentando aprofundar seu conteúdo, bem como compilar suas variantes. Claro que seu contrário-senso, a “gratidão”, sempre foi a matriz de nossa interlocução.
O amigo Dr. Camargo, médico diletante, tem a cotidiana missão de interagir com pessoas em compulsórios momentos de dor, medo, angústia, tensão, desespero e fragilidade. Justamente nesse clima e nesse ânimo é que falam as verdades do caráter e vigoram as virtudes do coração.
Na convivência com essa realidade da doença, amarga em sua essência e constrangedora em sua forma, é que o ilustre cirurgião consegue enxergar o âmago dos indivíduos em seus universos relacionais humanos. Foi dessa profundeza que o médico-escritor recolheu a observação supra-referida, que, infelizmente impõe-se como verossímil.
E assim se confirma que os ingratos são egoístas, invejosos e pretensiosos e por isso mesmo mesquinhos, ávaros, torpes, desbriados e definitivamente desinteligentes.
Vitor Hugo já disse: - “os ingratos são infelizes”...


Nenhum comentário:

Postar um comentário