quarta-feira, 30 de novembro de 2011


POBRE-RIO – POBRERIU...

Confesso que ainda não sei com quantos paus se faz uma canoa...
Mas, se soubesse, não saberia remá-la em nosso rio Santa Maria.
E quem saberia sem utilizar os fartos recursos virtuais, singrando mapas e velejando sonhos?...?
Verdade seja dita: - o rio continua dizendo presente na sessão da cartografia oficial. E mais – o rio é real no imenso vale verde de nossa geografia sentimental...
Serpentiforme, corre, solto e limpo, páginas a dentro de uma história que ainda não exauriu nossa alma! E só...
Porém lá, onde o sabiá o cantava, a coronilha o sombreava e o pintado o deliciava, não está mais.
Lá onde o barqueiro remava; o Zé do Caniço saciava sua fome; a Maria das Trouxas lavava sua roupa; o João da Carroça colhia sua areia; a Madalena dos Trapos juntava seus gravetos; o Pedro dos Calções mergulhava suas doces mágoas; a Ana dos Brincos navegava seus caprichos e o Paulinho do Bodoque se lambuzava de pitangas, não está mais.
Cadê o rio??
Lá onde estava e sempre deveria estar, não está mais...
Onde está?...?
Será que correu todo para o mar?? Para o mar da Internet?...
Será que, aterrorizado, recolheu-se às nascentes, a espera de um tempo de paz e sanidade?? Será?...?
É possível que, envergonhado com sua inutilidade tenha se enterrado, definitivamente, na moderna consciência do “obsoletismo programado”... É muito provável que, envelhecido na rotina das águas e das mágoas, tenha se asilado nas têmporas do vento. É deduzível que o aluvião dos desenganos tenha arrasado a derradeira fortificação de seu amor próprio.
Conjecturas...!
Cadê o rio??...
Será que fugiu para a longínqua pátria do nada?? E será que isso é tudo?? Será?...? Pobre rio – pobrerio – pobreriu...!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Greve l

Greve l
Nos últimos dez anos, só o setor público faz greve, no Brasil.
A greve, como sabemos, é recurso extremo, quando todos os outros expedientes não logram êxito.
O que estará faltando? Ou sobrando?

Greve ll
As pessoas grevistas, se incomodam bastante. Mas se a causa é nobre, valerá a pena. O fato é que quem cruza os braços, se expõe e se chateia. Quando os pleitos são atendidos tudo volta ao normal e uma sensação de vitória povoa os corações heróicos.
Atendimento aos pedidos é a compensação dos que lutam e se estressam.
E os que usufruem os benefícios oriundos das greves e ficam, bem quietinhos, sem aderirem, distantes do embate? Não seria mais correto recusarem, publicamente, tais benefícios?

Greve lll
A greve que está faltando é a dos contribuintes. Essa, de fato, se um dia ocorrer, vai agitar a República.
Já pensaram se os contribuintes cruzarem os braços e deixarem de pagar impostos?
Será o caos... para os Governos!

Secreto
É sempre útil informar aos candidatos em geral, que o voto continua “secreto”.
Então não se entusiasmem aqueles que andam por aí recebendo promessas de votos e tapinhas nas costas...
Já vi muita gente boa gabar o burro antes de cruzar o banhado...
Cuidado!

Oposição
Nas democracias a posição mais cômoda sempre foi e será a da oposição. Fiscalizar e criticar, tanto quanto moderadamente necessárias; são iniciativas relativamente fáceis e confortáveis, pois tudo estará ao nível do verbo e do discurso. E só!
Ver erros e recomendar remédios é barbada quando não se tem a obrigação público – jurídica de fazer ou impedir que se faça.
Só quem “executa” tem o ônus de correr o risco. Quem só observa não corre risco algum.
Acho que as democracias, em busca de aperfeiçoamento, deveriam sistematizar uma alternancia compulsória de poder:       - Quem hoje se opõe amanhã será poder executivo e amargará  as estocadas da crítica e as fustigadas da fiscalização.
Só assim fugiríamos do denominado “eleitoralismo”que, nada de bom realiza pela comunidade. Fugiríamos? Você decide!


Ingratidão
Tenho imensa dificuldade de confiar em pessoas ingratas.
O ingrato é sempre egoísta e o egoísta não é fiel nem a si próprio.
Como confiar em pessoas com esse perfil?

Lei
O piso salarial do magistério público é lei. Insofismável e incontestável.
É preciso crumpri-la, sem reparos ou críticas.
O cidadão comum é constrangido a cumprir a lei, custe o que custar.
Mas o “poder público” tem a benesse do “quando puder”... Está justo isso?


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Como seria?

Como seria?
Continuo filiado ao grupo que lamenta e condena regimes políticos autoritários, arbitrários e por conseguinte, anti-democráticos. No meu ponto de vista as ditaduras são rigorosamente condenáveis em qualquer tempo, sob qualquer pretexto, venham de onde vierem.

Na esteira de tais recriminações vem a ojeriza especial a “abusos” dos ditos regimes de exceção: supressão de garantias e direitos individuais; invasão de privacidade; constrangimentos de toda ordem, censura a livre manifestação do pensamento; restrições artístico- culturais, enfim, tudo o que de fato representa um regime ditatorial.Condenável!

Na história brasileira temos, infelizmente, o registro de situações que, na essência e na forma, se identificam com o malfadado regime autoritário.
O Estado Novo, por exemplo, sob a batuta de Getulio Vargas patrocinou momentos de agonia e de desespero ao povo brasileiro. Mas, inexplicavelmente, disso poucos lembram.
Bem lembrados são os denominados “anos de chumbo” chancelados pela “revolução de 64” ou “golpe de 1º de abril”.

E aí são pródigos e  intermináveis os discursos, relatórios, declarações e depoimentos, a respeito dos fatos. Tudo lautamente contado e cantado em verso e prosa. De um lado os que explicam e justificam o “movimento”, de outro os que o condenam sem apelação.

Dizem os historiadores de ofício -  os imparciais e portanto confiáveis – que  a “revolução ou golpe de 64” foi a imperiosidade da “direita” sobre a “esquerda”; foi a prevalência de uma ala do mundo sobre a outra, identificando a liderança norte-americana de um lado e a força soviética de outro, na encenação ininterrupta e cheia de truques da denominada “guerra fria”!
O anti-comunismo foi a bandeira do “movimento de 64” e, sem contestação, essa foi a grande motivação do levante. Pelo menos esse foi o argumento público que teve na oportunidade a anuência da maioria do povo brasileiro.

Depois o “movimento” teve suas fases de desvirtuamento como todo e qualquer “movimento” que se oriente pela exceção. Contabilizou realizações e decepções; teve adeptos e contestadores; venceu em algumas iniciativas e perdeu em muitas quando, intempestivamente, avançou sobre o sagrado terreno da liberdade das pessoas.

No balanço geral sempre fica a indagação: - considerando as circunstancias histórico: – existênciais daquele momento brasileiro teria sido possível produzir outra resolução? Ou teremos que metabolizar, necessáriamente, tudo o que aconteceu, sob o indefectível argumento social, como em todas as culturas, entendido como o indecifrável “mal necessário”?
Pensar  sobre o tema é fonte inesgotável de aprimoramento intelectual, sem dúvida.

O senso crítico dos brasileiros de bem, distante da raiva obscurantista, nunca perdeu o referencial da verdade, e sempre soube, sabe e saberá reconhecer o que foi útil nesse período, assim como jamais vai esmorecer na implacável condenação aos erros e abusos cometidos nesse tempo de arbitrariedades.

Com a mesma independência intelectual, por pura curiosidade, esses mesmos brasileiros de bem, com afinado senso critico gostariam de saber como teria sido se o outro lado tivesse vencido(?)

O outro lado tinha como modelos a União Sovietica, a China, Cuba, Albania e outros. Países que na época eram públicamente adeptos do chamado Estado Totalitário. A União Sovietica ruiu, a China trocou de trilho, a Albania sucumbiu e Cuba continua sem dar a menor chance a oposição.
Como seria se esse bloco fosse o vencedor naquela longíngua rêfrega de 64?
Como seria? Será que as liberadades individuais seriam respeitadas?
E as instituições democráticas conservariam sua integridade?
Como seria? Perguntar enriquece a consciencia...
Responder mais ainda!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Código Flrorestal I

Código Florestal I
        A lei  preconizada pelos raivosos, pelos ignorantes e pelos safados será mais uma para não funcionar.
        Valerá apenas como moeda de troca para falcatruas em manobras de poder:- um reino de dificuldades para mercantilizar facilidades.
Exagero quando digo que não funcionará!
Funcionará sim nas maquetes e nos gabinetes político- eleitorais...! E só?

Código Florestal 2
Uma lei que inclui a raposinha em detrimento do boizinho não pode ser séria no contexto das premências do pão nosso de cada dia.

Dizem alguns “burocrataços”, inocentes úteis a serviço dos empedernidos de sempre, que o boi é um animal definitivamente poluidor- e nem água se deve franquear a esse bandidão do meio ambiente. Pausa para risos...

Código Florestal 3
Quem não vê que essa “ manobracracia” só abriga interesses ideológico-economicos a favor da conquista ou da manutenção do poder? Pouco tem de preservacionista,  e ambientalista. Que o povo julgue- se for capaz. Nova pausa para apupos, aplausos e ... mais risos.

Horàrio de verão
Não sei se economizará energia elétrica(?)
Mas que vai compatibilizar horários em transmissões de eventos esportivos fora do País- ah isso vai!
Será que tudo isso é apenas uma inocente coicidencia(?)- ou será que têm mãos espertas agarrando esse timão?
O que você acha?

Saneamento 1
Está visto que a Corsan tentará evitar de todas as formas o processo de licitação para nova etapa em serviço de fornecimento de água e esgoto em Dom Pedrito.
E não há nada de imoral ou ilícito nisso.
Mas acho que se a Prefeitura  tem a prerrogativa( garantida por lei federal) de ouvir propostas e eleger a melhor para os legítimos interesses da comunidade, deve fazê-lo, sem pestanejar.  Sem culpas.

Saneamento 2
Se aceitar de cara as propostas da Corsan não terá oportunidade de ouvir outras. Será de bom alvitre oportunizar o surgimento de outras propostas- Venham de onde vierem.

Saneamento 3
Particularmente penso que a Corsan tem condições de suplantar qualquer proposta e vai fazê-lo desde que provocada. Faça-se a licitação:- isso será melhor para todos.