quarta-feira, 9 de março de 2011

Escola Técnica

Não são sete e sim quarenta e sete anos de luta pela instalação de uma Escola Técnico-agrícola em nosso município. Mudam os governos – alternam-se os Partidos no poder e o assunto comete o prodígio de morrer sempre e cada vez mais. Mas, afinal, qual o problema? Será que a cabeça de burro resolveu ingressar no difícil e reservado status da superação absoluta(?): - nem ontem, nem hoje, nem nunca...
No terreno da verdade é oportuno que se diga que aquela área – onde funcionou a Febem por muitos anos – foi desapropriada por supremo e insofismável interesse público para que ali se erigisse uma Escola Técnica. Esse foi e é o pressuposto do interesse público e da desapropriação. Quase 50 anos são passados e nada de se cumprir a obra que é substância do interesse que é razão do ato de desapropriar. E aí? – como ficam as coisas? Comenta-se que descendentes da família desapropriada pensam reivindicar a retomada da área uma vez não cumprida a finalidade substantiva da desapropriação: Escola sem funcionamento é cabal tarefa inconclusa – portanto fim não cumprido, promessa não realizada. Diante do exposto qualquer tribunal, não hesitaria em determinar a imediata devolução do objeto mal havido e mal mantido.
Mas, enquanto não desaba o temporal jurídico, vale comentar a indolência dos governos em relação a Escola Técnica de Dom Pedrito.
Cá entre nós – com toda a franqueza – não será difícil deduzir que essa empreitada (escola técnica) e outras do gênero não comovem as forças político-eleitorais do Estado e do País, porque, enfim vivemos em uma região de baixa população e conseqüente baixa densidade eleitoral.
Em uma democracia decente esse fato seria bem absorvido e não significaria problema ou defeito. Já em nossa ajeitada democracia de quantificações grosseiras a questão chega às raias do pejorativo. Que culpa temos de não possuirmos todos os eleitores de que precisam nossos políticos?
Com votos ou sem é imperativo que essa Escola Técnica, que há 47 anos foi prometida, funcione e bem. É uma questão de honra para os pedritenses.
O direito é nosso, a obrigação é do governo e a reflexão é de todos.
  

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