sexta-feira, 4 de julho de 2014

Erros de avaliação e julgamento

Olha lá que indecência, aquelas mulheres se despindo, sem qualquer pudor...
Que nada – aquelas mulheres estão, na verdade, se vestindo para comparecerem a missa das seis da tarde...
Estão tirando a roupa de trabalho para vestirem as vestes de adoração a Deus.

Julgamento apressado jamais será compensado.

Erros de avaliação e julgamento

As árvores, meu filho, não tem alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

Meu pai, por que Sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs alma nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha alma!...

- Disse – e ajoelhou-se, numa rogativa:
“Não mate a árvore, pai, para que eu viva!”
E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!

Julgamento errado, jamais será perdoado.



Erros de avaliação e julgamento

Certa feita, um lenhador, por força das circunstâncias precisou ir ao povoado deixando seu filhote sozinho, apenas na companhia de seu cão fiel Rex. Precisava trazer comida e remédios pois viúvo tinha a difícil missão de cuidar de seu filho, único rebento de sua união com Alice, que tragicamente morreu no parto.
Foi, consciente de todos os perigos que rondavam seu lar. Mas confiava no fiel Rex para proteger seu lar e seu bebê.
Quando voltou, ao abrir a porta do rancho nos confins daquele mato, percebeu que tudo que mau tinha, enfim, acontecido. A casa revirada, móveis fora do lugar, sujeira por todo o lado, o berço vazio e Rex com pelo arrepiado e a boca suja de sangue. Em ato, reflexo, cheio de raiva e decepção, não pensou duas vezes: - puxou o gatilho e fulminou Rex, sem perdão, com toda a munição de sua espingarda. Desvairado, perguntando a Deus e ao mundo, por que tamanha traição de seu cão amigo, caiu de joelhos aos prantos pedindo a morte. Aí, então ouviu o choramingo de seu filhote, comodamente protegido sob a cama do casal e perto dele um fabuloso lobo morto por muitas mordidas de seu amigo fiel Rex.
E aí?...
Julgamento apressado jamais será compensado.

Pense nisso!

Erros de avaliação e julgamento

Reparem aquele pai cruel surrando o próprio filho.
QUE NADA – AQUELE PAI ZELOSO ESTÁ DEFENDENDO SEU QUERIDO FILHO DE UM FEROZ ATAQUE DE ABELHAS.
Julgamento apressado jamais será perdoado.


Erros de avaliação e julgamento

No aniversário de Alex, o amigo Jonas lhe deu um cachorro de presente. Era tudo o que podia dar naquele momento. Mal sabia Jonas que Alex, rico e cheio de mimos, desprezava presentes de valor inferior a ouro, prata e rubis.
Alex disfarçou o gosto pelo mimo e deixou o tempo correr.
Na primeira oportunidade tentou se livrar do incômodo. Na calada da noite fria foi a beira do penhasco e de lá jogou o cãozinho intruso para perder-se no mar profundo.
Naquele arrebatamento, o cachorro percebendo a nefasta intenção debateu-se tentando defender sua vida. E nessa sofreguidão enlaçou a pequena pata na corrente de ouro de muitos quilates do cruel Alex. Caiu mas levou consigo a valorosa joia do desalmado.
Já no luxo e sossego de sua mansão Alex lamentava a perda irreparável, praguejando presente tão brega e cão deveras imprestável. Aquela corrente de ouro maciço era seu mimo predileto. Que cão vadio e ordinário esse que mesmo sem servir para nada tinha lhe roubado quase tudo...
No meio desse temporal de ódio, ouviu um sutil ruído em sua rica porta. Foi conferir e deparou-se com o cão imprestável, agonizando mas com seu cordão de ouro entre os dentes tremendo de frio e desprezo.

Julgamento errado jamais será perdoado.