terça-feira, 15 de março de 2011

Linguagem anti-flagra

A fina classe dos corruptos nacionais, está em reunião permanente, buscando meios e maneiras de se defender e proteger das perigosas investidas da imprensa, que busca flagrantes de maracutaias e transações escusas.
A imagem e a palavra são peças acusatórias evidentes e estridentes. De fato falam mais alto!
Os intelectuais – os notáveis – dessa fina classe, estão propondo a criação, urgente, de uma linguagem alternativa à prova de qualquer flagrante. A imagem também será cuidadosamente dissimulada. A corrente que vota pelo uso sistemático de máscaras ou densa maquiagem é forte e influente.
Mas o foco essencial é a linguagem. Como driblar a vigilância da imprensa, e perpetrar os “negócios” de sempre com o dinheiro público?
Como falar – dialogar e conversar – sem dar pistas de propinas e negociatas?
Ora – só inventando uma linguagem nova. Linguagem alternativa – eis a questão. Comissão, percentagem, edital, concorrência, taxa de urgência, propinas, ajuda de custo, isenções, favores, promessas, contrapartida, contrato de gaveta, tabelas, protocolos, caixa dois, diárias, cooperação, habilitação, capacidade técnica, compatibilidade política e por aí vai.
Que tal trocar tudo isso por nome de flor ou fruta? Ou então linguagem de preces: - hosana, ave, salve, amém, aleluia, etc. (?)
Vai ficar bem engraçado.
 Já imaginaram uma linguagem do gênero: - o abacaxi está maduro mas a banana, embora verde, está na mão. Ou ainda – uma rosa é uma rosa – uma rosa mas, se houver acordo, uma hortênsia também será uma hortênsia – uma hortênsia.
Bom mesmo será: - salve, salve, hosana, aleluia – ave grana nostra, amém!
Isso vai acontecer. Confiram e lamentem!

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