De
tudo o que está acontencendo com a Cooperativa Cotrijuí e as consequências que
atingem a Unidade de Dom Pedrito, preocupa, sobejamente, o “fato social”
que não é outro senão a demissão massiva de pessoas que sobrevivem exclusivamente
desse emprego.
A Cotrijuí é a segunda maior empregadora de nosso
município. No mínimo mil e quinhentas pessoas sofrerão os efeitos cruelmente
imediatos desse flagelo.
Questões político-administrativas, e seus desdobramentos
financeiros serão diluídas no tempo e resolvidas na entranha dos embates
jurisdicionais.
Mas a calamidade do desemprego e a inevitável premência
das famílias que subsistem através dessa função laborativa, gera um fato
social de imensa significância, que não pode e certamente não vai passar
despercebido em uma comunidade que diariamente faz enorme esforço juntando seus
trapos para pleitear melhor qualidade de vida para esta terra e sua gente.
Dom Pedrito é, com muito orgulho a Capital da Paz mas
nada autoriza dizer-se que seja, por ação ou omissão, a Capital da Passividade.
Bem além do discurso é preciso que autoridades e
lideranças peguem esse freio nos dentes e demonstrem, de maneira cabal e
determinada, que esta terra tem dono e sua gente tem fibra suficiente para não permitir que tamanha injustiça se
cometa contra a força de trabalho deste tramado social, denominado povo,
sustentáculo de nossa grandeza de ser, ter e fazer.
O que seria de nós sem nossos trabalhadores?
Como ficam ou ficarão esses pedritenses/brasileiros que
empenharam sangue, suor e lágrimas na sustentação diuturna dessa Empresa que
tantas riquezas amealhou para esta região?
Lamentar, apenas, os caprichos da sorte ou os
contragolpes circunstanciais da economia será muito pouco, quase nada.
A história de nossa dignidade jamais nos perdoará se não
agirmos, ou melhor, reagirmos, decidida e prontamente em prol da reversão ou
razoável reparação desse quadro calamitoso.
Desprezando questões pontuais, ranços pessoais, questiúnculas
político-administrativas, e filigranas macro ou micro econômicas , é preciso
que se atente para o “fato social” de maior significância que é o prejuízo
familiar, histórico e relacional de uma parte indesprezível de nossa
comunidade.
Sem esse tropeço já lidamos cotidianamente com os
embaraços da necessidade pública originada pela falta de empregos ou pela carência de ocupações de remuneração
digna neste município da metade sul.
Trabalhadores não são materiais de validade programada,
que podem, ao sabor do uso, ser dispensados e jogados no cesto dos resíduos da
inutilidade geral.
Acho que todos estamos chamados para o equacionamento
deste problema. Todos inclusive e especialmente o Ministério Público,
grande Instituição, na minha opinião, a maior benesse da Constituição de 88, a denominada
Carta Magna da Cidadania.
A teoria nos encoraja mas só a prática pode, de fato,
tornar objetiva e nobre essa coragem. Só através dela será possível remover montanhas:
com fé, verdade, ousadia, desprendimento e espírito público. Quem se habilita?
O futuro cobrará. Nossos filhos e netos um dia contarão essa passagem.
Oxalá sejamos heróis nessa história.
Reação é tudo o que se pede, aqui e agora.
excelente comentário , discurso sobre essa calamidade q está acontecendo , cm certeza vamos sofrer bastante reflexo sobre incidente , como já está acontecendo , fato social , é inadimensível sobre oq está acontecendo ,seu discurso é um realidade do q está acontecendo ou mais fastos está para acontecer , abraços lucelino m waltman !!
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