Vocês já repararam que
os “teóricos” de caderno – aqueles de chapéu, guarda-chuva e galochas – uns
verdadeiros chatos assumidos – tem solução para tudo no embrulhado fornel de
suas elocubradas teorizações (?)
Já repararam?
Pois os dito cujos existem e se manifestam lépida e
fagueiramente para flagelo de todos nós.
Todos sabemos que a teoria na prática é sempre outra. Mas os
teóricos obsessivo-compulsivos fazem questão de não saber.
E nessa alucinação procriam verdadeiros buracos-negros na
relação do querer e do poder da intenção e da possibilidade, do desejo e de sua
exequibilidade, e assim por diante.
Quando abordo esse tema sempre me lembro da história do
pescador que estendeu redes, iscou anzóis, armou arapucas e mesmo assim nem um
mísero peixe pescou para o jantar. A teoria estava rigorosamente correta mas a
prática foi desmacha-prazer.
Faltou combinar com os peixes...
Me conta um amigo que em uma mesa de pôquer um jogador tinha
em mãos dois ases e uma trinca de iguais. Jogo alto para limpar a banca. Mas um
dos adversários tinha um revólver carregado e pouca vontade de perder.
Teoricamente tudo certo para o jogador dos ases mas na
prática o resultado foi bem outro.
Quando a Apolo 11 singrou os ares e teoricamente tinha tudo
para conquistar o espaço, aprofundando a ciumeira na famosa guerra fria entre
americanos e russos, a prática safadamente, procriou fato adverso e tudo voltou
a estaca zero nesse embate técnico-político, de repercussão mundial.
Tanto é verdade que a prática sempre se impôs a teoria, que
o vetusto e genial Newton precisou que uma maçã lhe achatasse a cabeça para
conceber a lei da gravidade.
Ora pois, então, não me venham os teóricos de ofício, com
suas elocubrações fantasiosas para fazer valer o que pensam sem as devidas
provações na prática.
Teoricamente ser feliz é simples. Na prática, porém, a
história é bem outra, podem crer.
A teoria diz que juntar moedas faz a riqueza. Na prática,
gastar moedas faz o investimento. Quem tem razão?
Gastar ou economizar?
A economia é teórica. A gastança é prática.
Quem tem razão?
Economizar é preciso. Gastar é inevitável.
Um acordo providente entre teoria e prática se impõe: -
sejamos teóricos enquanto possível e práticos sempre que necessário.
E salvem-se os teóricos enquanto a prática não os degole –
para sempre.
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