segunda-feira, 25 de abril de 2011

Brasil Correligionário

Está cada vez mais disseminado um certo pragmatismo político – administrativo – que considero extremamente comprometedor para a democracia.
Espalha-se ao sabor de qualquer vento que o melhor para qualquer governo municipal será o alinhamento político-partidário com os governos estadual e federal respectivamente.
Através desse enquadramento doutrinário-eleitoral é que se poderá pleitear (e conseguir) obras de peso e verbas de fundamento.
Por meio de um encadeamento fisiológico e clientelista – quase compadresco – é que se multiplicará pães e peixes para satisfazer a fome do povo.
Acho que isso é um tremendo erro de avaliação e um despudorado deboche da verdadeira democracia.
Tanto se lutou para consagrar um regime de equivalência, proporcionalidade e consenso entre desiguais – na boa e justa simetria dos valores genuinamente humanísticos – e agora essa fúria eleitoreira e o conchavismo político-administrativo querem dinamitar a nobre conquista entronizando em seu lugar a mediocridade do unanimismo. Eis o Brasil correligionário.
Tal simplismo só convém a quem não tem qualquer projeto social de longo prazo porque é movido pelo imediatismo e pelo grosseiro interesse do aqui e agora.
O pior é que tem gente boa sendo tenebrosamente envolvida nisso – são os tais inocentes úteis.
Mas isso não pode prosperar.
Cidadãos de razoável senso crítico precisam agir e reagir – já – antes que mal maior aconteça. Tomem nota...

Nenhum comentário:

Postar um comentário