terça-feira, 5 de abril de 2011

Candiota x licença ambiental

É público que o Brasil foi um dos signatários do “protocolo de kioto” – uma tabula de intenções de muitos países para frear, lenta e gradualmente, a queima de combustíveis fósseis, os grandes vilões do denominado “aquecimento global”. Petróleo e carvão estão no alto da lista lesa-mundo, no que refere a poluição ambiental. O Brasil leu e assinou o dito documento. Antes mesmo que caducasse pelo tempo a tal “carta” foi escandalosamente desmentida, desrespeitada e vilipendiada mundo a fora. Nosso País foi um dos moleques a bodocar as vidraças da solene, pública e documentada intenção.
Não só não projetou um progressivo desmanche de suas fornalhas a carvão, como, bem ao contrário, contratou o aumento desmesurado de suas bocas e torres. Candiota é um exemplo disso. Mesmo assinando contrato de não fazer – fez a negociata para queimar mais carvão e acumular muitos dólares.
Mas o meio ambiente não aceitou entrar nessa partilha milionária. Continuou cada vez mais ressentido com essa farra fim de festa: Hoje – surpreendente e milagrosamente o heróico Ministério Público levanta uma questão de ordem: - quer saber quais laudos técnicos garantem (de fato) que a fumaça de Candiota não está prejudicando pessoas, animais, vegetais e coisas (?)
Está ou não está? Eis a questão. Quem certifica? Quem garante? Quem se responsabiliza? Como é que fica essa lambança?
Já vi gente comum ser severamente admoestada (punida) por jogar dejetos orgânicos em área imprópria.
Será que vou ver gigantes industriais (e políticos) baixando o topete e obedecendo as ordens do bom senso?
Será? 

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